sábado, 30 de outubro de 2010

Guapé - Minas Gerais

Guapé é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.
As primeiras referências da origem do município datam de 1825, quando se deu a construção da primeira capela. Somente trinta anos depois o povoado é elevado a freguesia, com o nome de São Francisco de Aguapé, fazendo parte do município de Boa Esperança, com o nome de São Francisco do Rio Grande. Em 3 de fevereiro de 1924, o distrito foi elevado a município, passando a chamar-se Guapé, que é, na língua indígena, uma planta aquática que recobre a superfície dos lagos e rios com suas folhas, formando uma espécie de tapete verde.
A construção de uma represa, para instalação da Usina Hidrelétrica de Furnas, idealizada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek no fim dos anos 50, provocou a inundação de 206 quilômetros quadrados do município, um terço da área total.
Porém a inundação pelas águas de Furnas provocaram um atraso no desenvolvimento da cidade. Pontes e estradas hoje submersas foram substituídas por balsas, e das cinco estradas de acesso a cidade, apenas uma é pavimentada.
Furnas inundou Guapé e a má administração da cidade dos tempos da inundação até hoje não ...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Serra do Cipó - MG

Serra do Cipó
A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço, entre os paralelos 19 e 20ºS e 43 e 44ºW, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce.



camping estruturadas; mais de 700 residências; duas centenas de propriedades rurais e sítios de recreio; população fixa superior a 2.500 habitantes; escola estadual, municipal, posto de saúde, serviço de correio, cartório, associação comercial, etc.

Trata-se de uma região bastante rica em cursos d’água, destacando-se o rio Cipó, afluente do rio das Velhas, pertencente à bacia do rio São Francisco. O rio Cipó, que é o mais importante curso d’água da região, nasce a partir do encontro dos ribeirões Mascate e Gavião, sendo que o Mascate desce do cânion das Bandeirinhas enquanto o Gavião a serra da Bocaina, ambos no interior do Parque Nacional.

Para muitas pessoas a Serra do Cipó é um local místico, uma terra de cristais e discos voadores, mas não há dúvida, em geral é a beleza e pureza das águas que atraem o maior número de visitantes. Em decorrência do relevo acidentado observa-se a freqüente formação de cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais, que mantêm o seu volume de água constante durante quase todo o ano devido ao aspecto areno-rochoso do solo. Típicos também da região são os cânions, gargantas sinuosas e profundas que abrigam cachoeiras e poções em seu interior.

A presença de grande número de riachos e nascentes, ainda pouco afetados por atividades humanas, abre a possibilidade de se utilizar as águas da Serra do Cipó como padrão de referência para ambientes aquáticos de ótima qualidade, equilibrados e com elevada diversidade biológica.


 


História

Com altitudes que variam de 800 a 1.700 metros, pluviometria anual média de 700 mm e cerca de 300 dias de sol por ano, foi no período pré-cambriano - há cerca de 1,7 bilhão de anos - ocupada pelo oceano, conforme se verifica por suas características geológicas, com a predominância do quartzito formado pela consolidação das areias depositadas no fundo do antigo mar.

Após o Descobrimento do Brasil, constituiu-se no caminho natural dos bandeirantes que em busca de ouro e pedras preciosas embrenharam pelo nordeste mineiro e chegaram à Vila do Serro Frio e ao Arraial do Tejuco, atuais cidades do Serro e Diamantina. Ainda existem vestígios de uma estrada de pedra dessa época, construída pelos escravos, partindo do sopé da serra e chegando a um lugar chamado Mãe d’Água, por cima da Cachoeira Véu da Noiva.

A sua importância histórica também se reflete na existência de sítios arqueológicos com vestígios de comunidades primitivas, como se comprova em grutas e cavernas através de desenhos e pinturas rupestres, com idade estimada entre 2 mil e 8 mil anos.




Como chegar no Parque Nacional da Serra do Cipó

O Parque Nacional da Serra do Cipó se localiza a 110 Km de Belo Horizonte, acessível pela estrada MG-010, passando por Vespasiano, Lagoa Santa e Jaboticatubas, até o distrito de Cardeal Mota em Santana do Riacho. A partir do Km 94, antes da ponte do rio Cipó, pega-se um trecho à direita da MG -010 com três quilômetros de estrada de terra, que leva à portaria do IBAMA. Maiores informações (0xx31) 3718-7228.

Congonhas - Minas Gerais

Quem chega a Congonhas, na região do Alto Paraopeba, se impressiona. No alto de uma colina doze profetas vigiam atentos a cidade.
As pessoas circulam lá embaixo, no vai-e-vem de seus afazeres
diários, indiferentes aos olhares das estátuas.
Elas estão ali, há muito tempo, desde o início do séc. XIX, e testemunharam a genialidade de um homem e o furor de uma época. Parecem reviver um mito grego. As imagens dão a impressão de terem, em algum tempo distante, mirado os olhos de Medusa. Minas é terra de mistérios, de magia e segredos... Medusa, a deusa grega com cabelos em forma de serpentes, para a qual quem olhava se transformava em pedra, aqui adquiriu um outro nome: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
As primeiras informações sobre a origem do povoado de Congonhas datam de 1734. Já em 1700 alguns portugueses se estabeleceram no Arraial dos Carijós (atual Conselheiro Lafaiete, a 17 quilômetros), sendo que outros aventureiros continuaram a busca por novas lavras auríferas. Às margens do rio Maranhão foram se estabelecendo novos povoados.
  Profeta Joel
Profeta Joel
Congonhas se tornou um importante centro de mineração e dela saíram grandes fortunas da época. As pepitas de ouro chegavam a ter o tamanho de batatas, na famosa lavra chamada Batateiro. Em 1796 a força do ouro trouxe ao então distrito de Congonhas o mago das formas, o escultor Aleijadinho, já consagrado naqueles tempos. Ali ele deixou para sempre a manifestação mais concreta da grandiosidade de sua arte.
Os tempos do ouro se foram, mas Congonhas é o testemunho vivo de que aqueles dias de glória realmente existiram. É possível sentir a espiritualidade das esculturas de Aleijadinho, que de tão teatrais parecem estar prestes a adquirir vida. Pode-se ver e tocar as suas formas, deslizar entre seus contornos, vivenciando a fé e a saga dos homens que construíram a história das Minas Gerais.
Igreja N.Sra. da Ajuda, no distrito de Alto Maranhão (1746)

Santuário Bom Jesus de Matosinhos
 
Pepitas de ouro do tamanho de batatas, o maior e mais magnífico conjunto de imagens barrocas do mundo e a festa do Jubileu, que chega a reunir centenas de milhares de pessoas... Congonhas impressiona... A cidade também adquiriu fama na década de 60, em virtude das curas efetuadas pelo médium Zé Arigó, que incorporava o espírito do médico alemão Fritz. Pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo, desenganadas pela medicina tradicional, convergiam para Congonhas em busca de cura. Até cientistas americanos da Nasa estudaram o fenômeno.
O nome Congonhas vem do tipo de vegetação encontrada nos campos, uma planta que os índios chamavam Congõi, que em tupi significa "o que sustenta, o que alimenta." Nada mais sugestivo. Situada num vale e rodeada por imponentes montanhas a cidade hoje alimenta a alma dos que desejam reviver uma época dourada. O conjunto arquitetônico e artístico da Basílica de Bom Jesus dos Matosinhos foi reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1985. A cidade foi também berço da obra Marista no Brasil.
Igreja de São José (1817)   Parque da Cachoeira

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Belo Horizonte - Minas Gerais

Belo Horizonte é um município e a capital do estado de Minas Gerais - Brasil.
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob influência das idéias do positivismo, num momento de forte apelo da ideologia republicana no país. 




A cidade é uma mistura de tradição e modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica produção artística e cultural.
Municípios limítrofes e região metropolitana
Ver artigo principal: Região Metropolitana de Belo Horizonte

Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande BH tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em Belo Horizonte e atinge municípios, como por exemplo, Contagem, Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Sabará, entre outras.

Os limites do município são com o município de Vespasiano a norte, Santa Luzia a nordeste, Sabará a leste, Nova Lima a sudeste, Brumadinho a sul e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité a oeste.

Também integram a região metropolitana os municípios de Baldim, Betim, Caeté, Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo e Taquaraçu de Minas.

A Região Metropolitana de Belo Horizonte é constituída por 34 municípios, sendo a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, com 4.939.053 habitantes.


Relevo
Região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no neoproterozoico.


Zoneamento altimétrico de Belo Horizonte.Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70% do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na Serra do Curral, limite sul do município.

Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste.

As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1.538 metros.


Hidrografia

Macrodrenagem de Belo Horizonte e Bacias Elementares.Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do Rio das Velhas. As duas sub-bacias estão situadas na região do Alto Velhas e abrangem os municípios de Belo Horizonte e Contagem, que somam uma área de 525,58 km² e localizadas na margem esquerda do Rio das Velhas. Trata-se da região mais urbanizada da bacia, com uma população estimada em 2.776.543 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE de 2000.

O Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a bacia do Onça corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas.

Os ribeirões Arrudas e da Onça são responsáveis pela drenagem da maior parte dos esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sofrem ainda com a diminuição das áreas de drenagem e ocupação desordenada de encostas e fundos de vale, problemas causados pela intensa ocupação das áreas dessas sub-bacias. Logo que esses cursos d’água despejam suas águas no Rio das Velhas, é observada uma acentuada degradação da qualidade do rio.


O Ribeirão Arrudas e a Serra do Curral, ao fundo.O processo de urbanização do município procurou esconder os cursos d'água. A canalização foi uma prática usual e seguia um certo ritual. Inicialmente, os córregos serviam de drenagem dos esgotos e resíduos industriais, o que provocava sua morte biológica. Consequentemente, ele passava a ser foco de vetores e era canalizado. A orientação atual da administração municipal é pela não canalização desses cursos d'água.

Nestes ribeirões, não são encontrados peixes na maior parte de sua extensão. Contanto, em alguns afluentes em melhores condições, como por exemplo nas drenagens do Parque das Mangabeiras, ainda podem ser encontrados lambaris e pequenos cascudos. Na represa da Pampulha, pertencente à sub-bacia do ribeirão da Onça, existem cerca de 20 espécies, algumas delas exóticas, como a tilápia, de origem africana.

A Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas (ETE Arrudas) foi a primeira de Belo Horizonte, iniciando suas atividades em outubro de 2001 e está localizada no município de Sabará. A Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão da Onça (ETE Onça), localizada no bairro Ribeiro de Abreu (região norte do município) foi inaugurada em 2006 e tem capacidade para tratar 1,8 mil litros de esgoto por segundo, o que corresponde a 155 milhões de litros diariamente. Com as duas ETEs em funcionamento, Belo Horizonte e Contagem têm capacidade para tratar 100% de seus efluentes.


 



Flora

Quaresmeira, árvore-símbolo da cidade.Apesar de sua área estar quase que completamente urbanizada, a cidade possui vários parques urbanos e áreas verdes que abrigam mananciais e várias espécies de vegetais e animais. Também são uma alternativa para a prática de atividades recreativas e culturais.

 
A cidade está situada em uma linha de transição entre a mata atlântica e o cerrado. Assim, observa-se em suas áreas verdes espécies dos dois biomas, como açoita-cavalo, angico, aroeira, barbatimão, braúna, cabiúna, cambota, candeia, cássia, cedro, cipó-de-são-joão, copaíba, coqueiro macaúba, embaúba, erva-de-bicho, fedegosa, gabiroba, ingá, jacarandá, jatobá, vinhático, mangueira, paineira, pau-brasil, pau-santo, pimenta-de-macaco, pau-ferro, quaresmeira, salsaparrilha, sangue-de-drago, sucupira, sucupira-do-cerrado e outras.

De julho a agosto, as ruas de Belo Horizonte ficam ornamentadas pelos ipês-amarelos, rosas e roxos. Outras árvores encontradas facilmente pelas ruas da cidade são os jacarandás-paulistas, com suas delicadas flores lilás, as espatódeas, as bauinias e as paineiras.




Fauna

Saí-bico-fino (Dacnis cayana).Estima-se que habitam na cidade cerca de 100 espécies de aves. As espécies mais comuns são sabiá-laranjeira, fi-fi-verdadeiro, tico-tico, saí-bico-fino, bem-te-vi e o beija-flor.

Habitam os parques gaviões, sanhaços, corujas, gambás, micos-estrela (escolhido como mamífero-símbolo de Belo Horizonte), teiús, esquilos, marias-pretas, tatus, calangos, bicos-de-lacre, almas-de-gato, pássaros-pretos, jacus, inhambus, sapos, rãs, pererecas, caxinguelês e coelhos.

Espécies inéditas de rãs e um girino foram descobertas no Parque das Mangabeiras, na década de 80. O girino é uma espécie de leptodactilídeo (Crossodactylus trachystomus). As outras espécies também leptodactilídeas são do gênero Hylodes e do gênero Eleutherodactylus.

 
 



Juiz de Fora - Minas Geraus




O juiz de fora parte (ou simplesmente juiz de fora) era um Magistrado nomeado pelo Rei de portugal para atuar em concelhos onde era necessária a intervenção de um Juiz isento e imparcial, que normalmente seria de fora da localidade. Em muitíssimas ocasiões, os juízes de fora assumiam também papel político, sendo indicados para presidir câmeras municipaiscomo uma forma de controle do poder central na vida municipal.



História

A figura do juiz de fora surgiu em Portugal em 1327, com o Rei D. Afonso IV. Este tipo de magistrado era nomeado pelo rei, sendo frequentemente mudado de localidade. A principal função do juiz de fora era zelar pelo cumprimento da justiça em nome do rei e de acordo com as leis do reino. Ademais, a autoridade que o juiz de fora gozava era muito superior à dos juízes ordinários dos concelhos.
A introdução desta figura judicial encontra justificação na necessidade de nomear um juiz realmente isento, imparcial e, literalmente, de fora das povoações, a fim de garantir julgamentos justos. De facto, o cargo não podia ser exercido no local de origem ou na residência habitual do magistrado. Também não eram permitidos quaisquer outros vínculos com a população local, por meio de matrimônio ou amizade íntima.
Durante o período de formação da nacionalidade (da formação da estrutura do Estado), a coroa portuguesa investia nas autoridades locais para enfraquecer o domínio de senhores feudais. No Brasil, nas áreas de difícil acesso e administração, a figura do juiz de fora era uma forma de evitar a adoção de medidas em conflito com os interesses da metrópole.
A consolidação definitiva da figura jurídica do juiz de fora foi levada a cabo pelo rei D. João III, em 1532. Gozando de amplo domínio dos poderes do Estado, Dom João III empreendeu uma significativa centralização. Em 1580, quando surgiu a União Ibérica com o reinado de Filipe I de Portugal, já eram mais de cinquenta os municípios portugueses governados por juízes de fora.
Depois da Restauração, o Reino de Portugal concentrou todas as suas forças na consolidação do poder recém-recuperado, procurando não iniciar conflitos desnecessários. Desta forma, os municípios brasileiros mantiveram sua "autonomia" até os últimos anos do século XVII. Somente em 1696, tomou posse na cidade de Salvador o primeiro juiz de fora, dando início a uma etapa de transição que duraria mais de cem anos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Teófilo Otoni - Minas Gerais

Teófilo Otoni é um município brasileiro do estado de Minas Ferais. Localizado no nordeste do estado, conta com mais de 130 mil habitantes numa área de mais de 3.242 quilômetros quadrados. Localizado no nordeste de Minas, na zona do Mucuri, é considerado o centro macro-regional. Com topografia montanhosa, a sede municipal está a 349 m de altitude. Dista da capital do estado 446 km.


História

  • Fundação: 7 de setembro de 1853 (157 anos)
Com as terras originalmente ligadas à antiga Comarca do Serro Frio e depois ao município de Minas Novas, a história do município liga-se à história de seu fundador, Theophilo Benedicto Ottoni, que, após renunciar ao seu mandato de deputado, em 1849, iniciou a colonização do Vale do Mucuri, a partir de 1852. Para marcar o encontro das duas grandes expedições que partiram em direções diversas, foi fundado, em 1853, o núcleo pioneiro, à margem do rio Todos os Santos, denominado Filadélfia, em homenagem à cidade homônima, considerada o berço da democracia nas Américas.



Geografia

A cidade de Teofilo Otoni é uma cidade localizada no nordeste mineiro, na microregião do Vale do Mucuri, que abriga cerca de 130 mil habitantes (Cidade), e 283 mil habitantes somados a municípios pertencentes à Teofilo Otoni, A cidade é cortada pelo rio Todos os Santos que têm cerca de 300 km de extensão, o clima da cidade é Tropical com Invernos Frios e Secos, e verões quentes e chuvosos, a temperatura média da cidade é de cerca de 23º dos meses de outubro à março, e de 16º de maio á setembro, a média das temperaturas máximas varia no verão entre 30 e 32 graus, enquanto que a média das temperaturas mínimas varia entre 14 e 16 graus. A menor temperatura registrada foi de 5.2 graus em julho de 1972 e a maior máxima de 40,2 graus em 1997.

Historia de Ouro Preto






Ouro Preto nasceu sob o nome de Vila Rica, como resultado da épica aventuras da colonização do interior brasileiro, que ocorreu no final do século XVII. Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João. Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião.
Em 1711, dá-se o conflito emboaba, luta pela conquista de terras entre paulistas, portugueses e baianos. O Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida, luta para implantar em Vila Rica a cobrança do quinto, devido à Coroa e assumir o comando do território, fazendo de Felipe dos Santos sua primeira vítima, em 1720.
Vila Rica cresce e exaure-se o ouro, mas cria uma civilização ímpar, com esplendor nas Artes, nas letras e na política.
A Inconfidência Mineira é o apogeu do pensamento político e faz mártires entre padres, militares, poetas e servidores públicos, liderados por Tiradentes.
Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio  da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO.
O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.
A medida que se expandia a atividade mineradora, o barroco explodia na riqueza de suas formas, na pompa e no fausto de suas solenidades religiosas e festas públicas, vindo marcar, de maneira definitiva, a sociedade que se constituiu na região.
Ouro Preto - hoje Patrimônio Histórico Mundial -  representa inquestionavelmente a síntese da arte colonial mineira, não apenas pela expressão de sua história mas pelas excepcionalidade do acervo cultural que preservou.


Ouro Preto. 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade

Cidade foi a primeira no Brasil a receber o título da Unesco.
Segundo prefeito, o patrimônio simbólico imaterial também é singularíssimo.

Ouro Preto, na região central de Minas, comemora, neste domingo, 5 de setembro, 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade. O título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na quarta sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em Paris, em 1980.

De acordo com o prefeito da cidade, Ângelo Oswaldo, “a decisão de apresentar a candidatura de Ouro Preto foi de Aloísio Magalhães, na época secretário de Cultura do Ministério da Educação e Cultura. ”A cidade histórica foi a primeira no Brasil a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Hoje são 18 títulos no país, entre eles: Olinda (PE), o centro histórico de Salvador e Brasília", diz.


Segundo Oswaldo, Brasília é o “primeiro bem do séc. XX inscrito na lista do patrimônio", com os autores vivos Lúcio Costa e Oscar Niemayer. Em Minas Gerais, três cidades possuem o título da Unesco: Ouro Preto; Congonhas – com o Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinho; e Diamantina.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ressalta a importância do ciclo do ouro no século XVIII para o florescimento da civilização brasileira. O instituto explica ainda que a singularidade do patrimônio arquitetônico e artístico e o elevado estado de conservação fizeram com que Ouro Preto fosse acolhida sem ressalvas pela Unesco.

Para o escritor e diretor do Museu da Inconfidência Rui Mourão, “Ouro Preto chegou a patrimônio por causa da mineração no século XVIII. A mineração atraiu para Minas quase toda a população do país. As cidades históricas brasileiras não têm a monumentalidade de Ouro Preto. A riqueza do ouro é que produziu tudo aqui.” O diretor ainda defende uma divisão para a história brasileira, segundo ele: o século XVII foi nordestino – por causa da cana de açúcar –, o século XVIII foi mineiro, o século XIX foi carioca e o século XX foi paulista.

Os bandeirantes que vieram de São Paulo contribuíram muito com a construção de Ouro Preto, assim como os portugueses e os negros, explica Mourão. O escritor ressalta a contribuição dos negros. Ele conta que Ouro Preto surgiu por acaso. As pessoas chegavam à região por causa da mineração e se estabeleciam. Dois arraiais se destacaram: o de Nossa Senhora do Pilar e o de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias.
De acordo com Rui Mourão, não havia comunicação entre os aglomerados. Posteriormente, a famosa Rua Direita interligou a região. Segundo a prefeitura, Ouro Preto nasceu a partir do arraial do Padre Faria – fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão dele, por volta de 1698. Em 1711, com a junção de vários arraiais, estabeleceu-se a cidade de Vila Rica. Quando a capitania de Minas Gerais foi criada, Vila Rica foi escolhida a capital, em 1720.

A história do Brasil está latente em Ouro Preto, tanto que a cidade também foi a primeira a receber o título de Monumento Nacional. O prefeito Ângelo Oswaldo conta que, em 1933, o então presidente Getúlio Vargas declarou, por meio de decreto, Ouro Preto como Patrimônio Nacional. O tombamento pelo Iphan veio em 1938. Rui Mourão acredita que o tombamento e o título conferido por Getúlio foram fundamentais para a preservação de Ouro Preto. “Se não fosse ele, a cidade teria se descaracterizado”, diz Mourão. Ele classifica Ouro Preto como “o maior patrimônio e mais bem conservado e cuidado que existe no Brasil.” Já o título concedido pela Unesco, Mourão avalia como uma consagração, uma confirmação da Importância de Ouro Preto. "O título de Patrimônio Universal da Humanidade ajudou a consolidar prestígio internacional da cidade", destacou o escritor.

Apesar do tombamento e das construções históricas, a cidade não parou no tempo. O diretor do Museu da Inconfidência acredita que “Ouro Preto não é uma cidade do interior, mas uma cidade metropolitana. A mentalidade aqui não é provinciana de maneira nenhuma”. Ele credita essa característica aos estrangeiros que visitam a cidade e transmitem coisas boas à população.

As pessoas que passaram e que vivem em Ouro Preto também são importantes na consolidação do Patrimônio Universal da Humanidade. Ângelo Oswaldo destaca dois nomes: Aleijadinho e Tiradentes.
O primeiro, Antonio Francisco Lisboa, nasceu e morreu em Ouro Preto (1738-1814). Segundo o prefeito, Aleijadinho é o patrono da arte do Brasil. Foi o primeiro artista brasileiro a exprimir um estilo próprio, “a primeira expressão brasileira de arte”. Já o alferes Joaquim José da Silva Xavier articulou em Ouro Preto nos anos de 1787, 88 e 89 a conspiração conhecida como Inconfidência Mineira – primeiro movimento significativo pela independência do Brasil. O prefeito explica que os dois grandes símbolos do Brasil – o patrono das artes e o patrono cívico da nação brasileira - são referências da história de Ouro Preto. “Isso faz com que a cidade também tenha, além do patrimônio material, o patrimônio simbólico imaterial singularíssimo”, concluiu Oswaldo.

Várias pessoas ilustres fizeram história em Ouro Preto. Nomes importantes passaram pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), uma das mais tradicionais do país: o ex-presidente Getúlio Vargas, o aviador Alberto Santos Dumont, o cantor e compositor João Bosco, o pai da siderurgia Amaro Lanari, o político e historiador João Pandiá Calógeras, Eliezer Batista, ex-presidente da Cia. Vale do Rio Doce, Joaquim Candido da Costa Sena, que foi presidente da província de Minas Gerais, entre muitos outros.

Cotidiano
Ouro Preto não parou no tempo. A cidade é agitada durante a semana, estudantes, turistas e a população local movimentam o centro histórico. No fim do dia, o trânsito é intenso. A feira de artesanato, que fica ao lado da igreja de São Francisco, funciona 12 horas por dia, de segunda a segunda. O casal Sérgio Aparecido de Oliveira, 45 anos e Cláudia Perpétua da Silva Fernandes, 40 anos possui uma barraca na feira há 25 anos. Eles relembram o passado, “as barracas ficavam no meio da rua e no chão”. Sérgio e Cláudia contam que vivem bem com o dinheiro ganho do artesanato. “Já compramos casa, carros...”. Sobre o título de patrimônio de Ouro Preto, o casal acredita que se não tivesse o título, teria sido descaracterizada.

Helton Saar, é estudante de Farmácia da Ufop, ele é natural de Ipatinga. Há dois anos vive em uma república em Ouro Preto. Segundo Helton, ele preferiu morar em uma república particular, pois “é melhor para estudar.” Saar disse que pretende se formar e continuar os estudos fazendo mestrado e doutorado. Entre as atrações turísticas da cidade, Helton destaca a igreja do Pilar e o Museu de Mineralogia da Escola de Minas. Mas para ele o melhor mesmo são as festas, chamadas em Ouro Preto de “rocks”.

As pessoas vêm de toda parte do Brasil. Marcela Silva Peixoto é baiana, de Itapetinga. Ela mora em uma república particular com outras cinco colegas. Marcela avalia sua estadia na cidade: “morar em Ouro Preto foi a melhor experiência que já teve. Aqui, a gente não se sente sozinho nunca.” Marcela conta que para fazer qualquer reforma, as repúblicas – federais e particulares – precisam pedir autorização. Ela não sabia, mas o patrimônio natural que cerca Ouro Preto também é tombado, como por exemplo o Parque do Itacolomi e a nascente do Rio das Velhas.

A questão do saneamento básico na cidade é uma prioridade, explicou o prefeito. Ângelo Oswaldo disse que foi criada uma autarquia que cuida da água e do esgoto. Ouro Preto não parou de crescer. Para preservar o centro histórico, a expansão é executada em distritos próximos, como Cachoeira do Campo e Amarantina.


' IGREJAS:
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ANTÔNIO DIAS
Um dos templos mais importantes de Ouro Preto, por sua qualidade arquitetônica e esplêndida ornamentação interna. Representa o estilo joanino, característico da segunda fase do barroco mineiro.
Construção 1727
Autor do projeto Manuel Francisco Lisboa
Localização Praça de Antônio Dias - Antônio Dias
Ingresso US$ 1.00 (válido também para o Museu do Aleijadinho e Igreja São Francisco de Assis).
Visitação 3ªf a domingo, das 8h às 11h45m e 13h30m às 16h45m
IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Obra-prima do período rococó no Brasil. Reúne trabalhos de dois grandes artistas mineiros: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (arquitetura, escultura, talha e ornamentação) e Manuel da Costa Ataíde (pintura e douramentos).
Construção 1766 a 1810
Autor do projeto Manuel Francisco Lisboa
Localização Praça de Antônio Dias - Antônio Dias
IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS E PERDÕES (Mercês de Baixo)
Em 1760, a primitiva capela do Senhor Bom Jesus dos Perdões foi vendida à Irmandade de N. Sra. das Mercês. Conta-se que um nobre paulista assassinou a filha noiva por suspeita de infidelidade. Condenado, sua esposa mandou erigir capela ao Senhor Bom Jesus.
Construção Concluída em 1773
Localização Rua das Mercês - Centro
Visitação Sábado e domingo, das 10h às 14h
IGREJA SANTA EFIGÊNIA
Segundo a lenda, foi construída por Chico Rei, escravo que conquistou sua liberdade, a do filho e a de outros negros explorando a Mina da Encardideira. Apresenta elementos da cultura africana (búzios, chifres de carneiro e cabra, marcas de iniciação) inseridos em sua magnífica talha barroca.
Construção 1720 a 1785
Mestres-de-obras Manuel Francisco Lisboa e Antônio da Silva
Talha Francisco Xavier de Brito
Localização Rua Santa Efigênia - Alto da Cruz
Visitação 3ªf a domingo, das 8h às 12h


MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO PILAR
Construída quase ao mesmo tempo que a outra matriz, a de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias. Inaugurada em 1733, por ocasião do Triunfo Eucarístico. Considerada a expressão máxima de opulência e dramaticidade do barroco. Desde maio de 2000 abriga o Museu de Arte Sacra de Ouro Preto.
Construção 1731
Autor do projeto Pedro Gomes Chaves (atribuição)
Localização Praça Monsenhor Castilho Barbosa - Pilar
Ingresso US$ 1.00 (válido também para a Igreja de São Francisco de Paula, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Museu de Arte Sacra)
Visitação 3ªf a domingo, das 9h às 10h45m e 12h às 16h45m
IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
A Igreja do Carmo é das mais requintadas do Brasil. A poderosa Ordem Terceira do Carmo reuniu os melhores artistas da região para a construção de seu templo, que inaugura o estilo rococó em Minas.
Construção 1766 a 1772
Autor do projeto Manuel Francisco Lisboa
Localização Rua Brigadeiro Musqueira - Centro
Visitação 3ªf a domingo, das 13h às 16h45m
IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Construída em substituição à capela de 1709. Seu curioso traçado circular, formado por três ovais intersecantes, apresenta semelhanças formais com as igrejas do norte europeu. No Brasil, há similar apenas na cidade de Mariana.
Construção 1785
Localização Largo do Rosário - Rosário

IGREJA DO BOM JESUS DE MATOZINHOS (ou de São Miguel e Almas)
A capela foi construída em devoção ao Senhor de Matozinhos, a São Miguel e Almas, a Maria, José e Santíssimos Corações de Jesus. Apresenta magnífica portada com escultura em pedra-sabão do Aleijadinho e, no interior, pinturas atribuídas a Manoel da Costa Ataíde.
Construção 2ª metade do século XVIII
Localização Rua Alvarenga - Cabeças
IGREJA DE SÃO JOSÉ
Destaca-se dos demais templos de Ouro Preto pela curiosidade de seu frontispício, que possui terraço com balaustrada em pedra-sabão em torno da torre central. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi juiz da Irmandade e contribuiu para a sua construção.
Construção 1752 a 1811
Autor do risco do retábulo da capela-mor e da torre Antônio Francisco Lisboa
Localização Rua Teixeira Amaral - Centro
IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS E MISERICÓRDIA (Mercês de Cima)
Fundada em meados do século XVIII, a confraria de Nossa Senhora das Mercês funcionava na Igreja de São José. Em 1771, resolveu construir seu próprio templo, cujo projeto foi alterado para abrigar apenas uma torre - (tendências do século XIX).
Construção 1771
Autor do risco da fachada Manuel Francisco de Araújo (atribuição)
Localização Rua Padre Rolim - Centro
IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA
É a mais recente igreja de Ouro Preto. Embora sua construção tenha se prolongado por quase um século, É o projeto do sargento-mor Francisco Machado da Cruz manteve-se praticamente inalterado.
Construção 1804 a 1898
Autor do projeto Francisco Machado da Cruz
Localização Proximidades da Rua Padre Rolim - Centro
Ingresso US$ 1.00 (válido também para a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Museu de Arte Sacra)
Visitação 3ªf a domingo, das 9h às 11h15m e 13h30m às 16h45m
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ
Situada no distrito de Cachoeira do Campo, a Matriz, com seus retábulos em arquivoltas concêntricas, representa exemplo máximo de talha ornamental do estilo nacional português, característico da primeira fase do barroco.
Construção Anterior a 1725
Localização Praça Felipe dos Santos - Distrito de Cachoeira do Campo
Visitação 2ªf a 6ªf, das 13h às 17h
CAPELA DE SÃO JOÃO BATISTA
Considerado o mais antigo templo de Ouro Preto, apresenta, em versão singela, características do estilo nacional português, da primeira fase do barroco mineiro. Acredita-se que nela o Padre João de Faria Fialho rezou a primeira missa da região, em 1699.
Construção Início do século XVIII
Localização Morro da Queimada, arredores de Ouro Preto
Informações Paróquia de Santa Efigênia - (031) 551.1257
CAPELA DE SANT' ANA
Construída em pedra de cocar, a capela marca o início da fundação de Ouro Preto. Os altares laterais, feitos posteriormente, apresentam exemplares das primeiras talhas da região.
Construção Anterior a 1720
Localização Morro da Queimada, arredores de Ouro Preto
Informações Paróquia de Santa Efigênia - (031) 551.1257
CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE
É a última das capelas construídas na Serra de Ouro Preto. Apresenta inovação em relação às capelas de São João e Sant' Ana: portas, janelas e outros detalhes arquitetônicos construídos em pedra de cantaria.
Construção 1720
Localização Morro da Queimada, arredores de Ouro Preto
Informações Paróquia de Santa Efigênia - (031) 551.1257
CAPELA DO BOM JESUS DAS FLORES DO TAQUARAL
Das primitivas capelas, é a que menos sofreu interferências de novos estilos de época. Apresenta magníficas pinturas ilusionistas nos forros da nave e capela-mor e talha característica do estilo joanino, da segunda fase do barroco mineiro.
Construção 1748
Localização Rodovia dos Inconfidentes, km 4 - Taquaral
Informações Paróquia de Santa Efigênia - (031) 551.1257
CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DO PADRE FARIA
Em 1740, abrigou a confraria dos brancos, expulsa pelos pretos da Irmandade do Rosário, sendo reedificada e enriquecida nesta época. A sineira lateral e a cruz pontificial são acréscimos posteriores à construção. Possui esplêndidos retábulos barrocos.
Construção 1710
Localização Rua Padre Faria - Padre Faria
Informações Paróquia de Santa Efigênia - (031) 551.1257
CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
Portugueses da Irmandade Dolorosa de Braga construíram sua capela com doações, pois gozavam de grande prestígio na comunidade mineradora. Anualmente, a Paróquia de Antônio Dias realiza nela o Setenário das Dores.
Construção 1788
Localização Rua Dr. Tenente Pereira Filho - Antônio Dias
Informações Paróquia de Antônio Dias - (031) 551.3282
CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO
A sineira lateral, destacada do corpo da capela, representa uma inovação em relação às construções anteriores, que seguiam o padrão arquitetônico maneirista em suas fachadas: porta principal, duas janelas e óculo.
Construção Século XVIII
Localização Morro de São Sebastião
Informações Paróquia do Pilar ( (031) 551.4735
CAPELA DO SENHOR DO BONFIM
Foi bastante descaracterizada pelas várias alterações sofridas ao longo dos anos. Serviu a uma antiga função sinistra: nela, os condenados à morte pela forca ouviam missa por sua alma.
Construção Início do século XVIII
Localização Rua Antônio de Albuquerque - Pilar
Informações Paróquia do Pilar ( (031) 551.4735

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Diamantes, Chica e JK

Fotomontagem: ao fundo painel de Yara Tupinambá, retratando Chica da Silva. Em primeiro plano estátua de JK
Fotomontagem: ao fundo painel de Yara Tupinambá, retratando Chica da Silva. Em primeiro plano estátua de JK

Vista de Diamantina com igreja N.Sra. do Rosário em destaque
 

Não eram estrelas que brilhavam no céu noturno de uma porção caprichosa da Serra do Espinhaço. Eram os diamantes do Tijuco, refletidos lá em cima, tamanha a quantidade existente no leito dos rios. Um mar de estrelas, um palco distante... Sua história, assim como suas preciosas pedras, foram lapidadas pelo suor, pelo fausto e pela ambição. Esta é Diamantina, terra de Chica e JK.

A cidade fica na borda do Espinhaço, praticamente dividindo as bacias do rio São Francisco e do rio Jequitinhonha. É um lugar diferente, isolado e por isso mesmo ainda mais fascinante. Despontou bem mais ao norte, distante dos tradicionais centros auríferos do séc. XVIII. Os desbravadores chegaram em busca de ouro, mas não demorou para que descobrissem que a vocação daquela terra era outra. Uma vocação que consumiu milhões de anos da natureza e presenteou o homem com uma verdadeira preciosidade.
A viagem pela estrada até Diamantina é reveladora e muito agradável. Até as montanhas são diferentes. As rochas brotam do solo nuas e em profusão, pontilhando a paisagem e formando mosaicos. Eis que do nada surge o antigo Arraial do Tijuco, com suas igrejas, seu casario e suas narrativas surpreendentes de uma era inesquecível, povoada de personagens curiosos. Parece mais um presépio incrustrado na rocha bruta das montanhas que o cercam.
Neste presépio reinou, em meados do séc. XVIII, Chica da Silva, a escrava que virou rainha. Na qualidade de amante do contratador - que detinha a concessão real para explorar as lavras diamantíferas - mandava e desmandava na cidade. Está aí uma das histórias mais deliciosas de Minas Gerais, por vezes transformada em caricatura da emergente e complexa sociedade que se estabeleceu na província nos anos setecentos.
Diamantina é destino obrigatório no amplo circuito turístico de Minas Gerais. Seu legado vai além dos diamantes; inclui filhos ilustres, como Juscelino Kubitschek, o presidente que fez o Brasil crescer "50 anos em 5".
  Casa do Intendente Câmara (no centro)

Largo da Baiúca, na rua da Quitanda

Cachoeira da Toca
Capela N.Sra. dos Passos, no distrito de Curralinho
Casa onde JK passou sua infância

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Governador Valadares

Governador Valadares é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à microrregião de mesmo nome e à mesorregião do Vale do Rio Doce, localiza-se a nordeste da capital do estado, distando desta cerca de 320 quilômetros. Sua população foi estimada em 2009 pelo IBGE em 263 274 habitantes,[2] sendo assim o nono mais populoso do estado de Minas Gerais e o primeiro de sua mesorregião e microrregião. Está a 960 quilômetros de Brasília, a capital federal.
Ocupa uma área de 2348,1 km², o que representa 0,4003% do estado de Minas Gerais, 0,254% da Região Sudeste e 0,0276% de todo o território brasileiro.[5] Desse total, 24,3674 km² estão em perímetro urbano.[6]
É um polo econômico do Vale do Rio Doce, exercendo importante influência sobre o leste e nordeste de Minas Gerais e alguns municípios do estado do Espírito Santo. A maior parte de seu território situa-se na margem esquerda do Rio Doce. O município é servido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, da Companhia Vale do Rio Doce e pela rodovia Rio-Bahia (BR-116). Liga-se à capital do estado pela BR-381.[7]
A cidade ainda se destaca em seu turismo. Em Governador Valadares está o Pico da Ibituruna. Com 1 123 metros de altitude, é um dos pontos mais altos do Leste mineiro. É sede de uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Voo Livre sendo que os competidores saltam do Pico, de onde se pode avistar toda a região do Vale do Rio Doce, cujo leito está aos pés do pico. Também sedia vários campeonatos internacionais de voo livre



O desbravamento de Governador Valadares e região inicia-se por volta do ano de 1573 quando Sebastião Fernandes Tourinho, partindo do litoral brasileiro, subiu pelo Rio Doce até alcançar a foz do Suaçuí Grande, com a finalidade de descobrir ouro e pedras preciosas. Os descobridores encontraram uma série de dificuldades, não só o rio, com seus bancos de areia dificultando a interiorização da bacia, como as impenetráveis florestas, e, mais ainda, a ferocidade dos índios botocudos. Com o objetivo de conter os constantes ataques dos silvícolas, instalou-se no Vale, no local conhecido como Porto de Dom Manuel, uma das seis Divisões Militares do Rio Doce, criadas pela Carta Régia de 13 de maio de 1808.[9]
Um dos primeiros povoados construídos na região foi de São Miguel e Almas de Guanhães, estabelecido em torno de uma capela erguida em 1811 nos terrenos de José Coelho da Rocha, Francisco de Souza Ferreira, Antônio de Oliveira Rosa, Faustino Xavier Caldeira e José de Oliveira Rosa. Posteriormente, foram aos poucos sendo criados os povoados de Ferros, Conceição do Mato Dentro, Paulistas e Peçanha, estando Figueira (atual Governador Valadares) subordinada a este último (atualmente ambos são municípios).[10] Em 1882, o povoado passou a distrito de paz com a denominação de Baguari e, em 1884, a distrito do município de Peçanha.[9]
Índios Botocudos, antigos habitantes da região.
A geografia influenciou a escolha deste local: a via fluvial, permitindo a atividade do porto entre as cidades de Aimorés e Naque, além de ser o rio Doce ligação com o litoral do estado do Espírito Santo. O Pico da Ibituruna, com seus 1 123 metros de altitude, era um marco referencial para os que penetravam na região.[9][11]
Após a instalação do Distrito, foi grande o surto de progresso, especialmente a partir de 15 de agosto de 1910, quando foi inaugurada a Estação Ferroviária de Governador Valadares e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, que deu características de entreposto comercial ao Distrito. Em 1928 foi construída a rodovia Figueira-Coroaci, o que permitiu o escoamento de produtos originários dos municípios vizinhos, e ainda a distribuição de produto/s de outras regiões.[9][11]
Em 1937, a ligação Vitória-Minas com a Central do Brasil colocou o atual município em conexão com grandes centros consumidores, consolidando sua situação privilegiada na região. A atividade econômica de Figueira, baseada na exploração da mica, madeira, carvão vegetal e pedras preciosas promoveu o processo de urbanização do Distrito, resultando na fixação de contingentes humanos.[


  

Colonização e desbravamento da região